quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Um tema não tão distante


                O tema do filme escolhido “Os substitutos” retrada um futuro onde a maior parte da humanidade controla remotamente robôs substitutos de suas tarefas e aparência, através do controle da mente. Parece um quadro distante da nossa realidade, um tanto improvável, mas se considerarmos alguns avanços na área da neurociência, talvez possamos ter um novo olhar sobre o tema.

             
   O cientista Brasileiro Miguel Nicolelis, , médico e PhD, é professor de Neurociência da Universidade Duke nos EUA, e nos últimos anos desenvolveu importantes experimentos na área, e foi reconhecido mundialmente pelo estudo de Interfaces Cérebro-Máquina em primatas e pelos desenvolvimento de dispositivos neuroprostéicos para pacientes humanos.

Em suas primeiras descobertas, Nicolelis, conectou um macaco à um computador, de forma que este fazia a leitura dos sinais gerados pelo cérebro, ao mover um cursor em uma tela, através de um joystick, como num jogo. Após a calibração do mecanismo, o cursor passou a responder diretamente aos sinais sinápticos do macaco, que supreendentemente após algum tempo de uso, reconheceu que o cursor movia-se conforme seu pensamento, e não necessariamente movendo o joystick e então o macaco parou de move-lo com o controle, e sim apenas com a mente.

Outros experimentos mostraram as mesmas reações para macacos controlarem braços mecânicos, e com o tempo desenvolveram-se pesquisas mais aprofundadas na área, principalmente no intuito em aplicar está tecnologia na recuperação de pacientes que sofrem alguma dificuldade física ou motora, para o uso de próteses. Como resultado das pesquisas foi realizado um experimento em que um macaco controlava pernas robóticas acompanhado de uma esteira, apenas acompanhando os sinas gerados pelos cérebro. Foi registrado que mesmo parando a esteria, o macaco foi capaz de manter o robô caminhando ainda por alguns segundos.




No filme vemos um tipo de Interface capaz de interceptar os sinais cerebrais de forma que o usuário pode controlar os Substitutos livremente, através de um sistema de rede integrado, análogo às recentes descobertas. Esses avanços na área da neurociencia podem nos mostrar que, de certa forma, há a possibilidade de chegarmos num quadro próximo ao do filme, num ponto onde será possivel presenciarmos uma pessoa controlar um robô, seja para seu próprio movimento, ou seu substituto, através da mente, já que tais descobertas caminham nessa direção. Outras áreas da tecnologia deverão também avançar juntamente com tais desobertas para o desenvolvimento de Substitutos como no filme, como Engenharia Mecânica, Informação. Mas estaria o escritor Robert Venditti ( autor do texto original de “The Surrogates” ) prevendo o futuro, ou será este um quadro impossível?


Certamente teremos que esperar mais alguns anos para saber essa resposta.

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